As paisagens de Ouro Preto, Minas Gerais: decodificação no espaço e no tempo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v25i1.1240

Palavras-chave:

Elementos da paisagem, paisagem natural, paisagem construída, uso do solo.

Resumo

As paisagens são formadas por elementos físicos de ordem material e por elementos abstratos de ordem imaterial, assim sua gestão e planejamento devem considerar estes dois aspectos. Com o objetivo de compreender as paisagens do município de Ouro Preto, Estado de Minas Gerais, foram identificadas e classificadas as apropriações pelos atores que atuam na paisagem, e ainda sua dinâmica entre 1973 até 2015. A pesquisa analisou a paisagem atual e sua evolução histórica, distinguindo as dimensões materiais e imateriais, a partir de viagens de campo, tipos de solos, relevo, declividade, drenagem, unidades de conservação, zoneamentos administrativos, áreas urbanas, recursos naturais, infraestruturas de transporte e de construção, imagens de satélite, e de entrevistas semiestruturadas. Como resultado obteve-se um mapa com as unidades de paisagens e suas subunidades, as quais possuem características distintas, com suas devidas definições. A paisagem possui limites contínuos, com várias escalas operacionais, impondo um grande desafio para a sua correta gestão. Os vários serviços ecossistêmicos gerados são de difícil mensuração, porém seus benefícios são utilizados por todos. A dinâmica da paisagem foi moldada por uma evolução lenta, ajustada às atividades minerárias, com inclusão de áreas revegetadas após cortes rasos e atualmente observa-se a inserção do turismo em determinadas regiões.

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Biografia do Autor

Rossi Allan Silva, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Pesquisador do Departamento de Ciências Florestais (DCF)

Atuei com assessoria, consultoria e pesquisa (freelancer). Tendo foco em licenciamentos ambientais, cursos de capacitação, laudos, perícias, levantamentos técnicos, intermediação com órgãos ambientais, planejamento e gestão de recursos naturais, utilizando técnicas de geoprocessamento, do sistema de informações geográficas (SIG) e de sensoriamento remoto. Atualmente professor universitário na Universidade Federal do Tocantins (UFT) 

José Aldo Alves Pereira, Professor Associado da Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1977), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (1996) e doutorado em Ecologia (Conservação e Manejo da Vida Silvestre) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002). Pós-Doutorado em Biologia Vegetal (PPGBV/Universidade Federal de Minas Gerais - 2011/2012). Atualmente é Professor Associado II da Universidade Federal de Lavras. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando nos seguintes temas: unidade de conservação, conservação da natureza, fitossociologia, incêndios florestais, recuperação de áreas degradadas e avaliação de impactos ambientais.

Schirley Fátima Nogueira da Silva Cavalcante Alves, Professora do Centro Universitário de Lavras (UNILAVRAS)

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (1987), mestrado em paisagismo - Jardins, Paysages, Territoires - na França pela Ecole d'Architecture de Paris la Villette e Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1996), e doutorado em Geographie com centro de interesse em Paisagem na França pela Université de Paris I (Panthéon-Sorbonne) (2006), e dois Pós-doutorados na Universidade Federal de Lavras (2007-2010 2 2013-2014). Foi professora colaboradora dos cursos de Pós Graduação Lato Sensu da UFLA/FAEPE: Plantas Ornamentais e Paisagismo; e Ecoturismo: Interpretação e Planejamento de Atividades Naturais. Apresenta experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em projetos; Agronomia, em Floricultura, Parques e Jardins; Arquitetura e Urbanismo em Projetos Paisagisticos; e na área de Turismo em Ecoturismo. Atua principalmente nos seguintes temas: representação da paisagem, no âmbito da utilização da fotografia, do desenho e da computação gráfica; paisagismo, elaborando e executando projetos de jardins e atuando como pesquisadora no projeto de resgate histórico de praças da Estada Real. Na área do ecoturismo, domina a metodologia da análise da paisagem no âmbito estético e sócio-cultural, que pode revelar valores latentes da potencialidade da paisagem cultural e do patrimônio natural. Atualmente é professora no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unilavras.

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Publicado

2019-01-09

Edição

Seção

Artigos