Cultivo de Tillandsia kautskyi E. Pereira, bromélia brasileira em risco de extinção: comparação de substratos.

Autores

  • Maria Esmeralda Soares Payão Demattê

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbho.v11i2.51

Resumo

Pouco se conhece sobre métodos para cultivo de Tillandsia kautskyi. Este estudo teve o objetivo de observar o desenvolvimento de plantas dessa espécie em substratos de origem vegetal, tendo como padrão uma mistura contendo xaxim. O experimento foi conduzido entre dezembro de 2000 e abril de 2002, em Jaboticabal (SP), em casa de vegetação com 70% de interceptação da luz solar. As mudas foram cultivadas em vasos plásticos, preenchidos com diferentes substratos: S1 = 45% de xaxim + 45% de fibra de coco + 10% de húmus de minhoca; S2 = 45% de fibra de coco + 45% de casca de Pinus + 10% de húmus de minhoca; S3 = 100% de fibra de coco com adição de macro e micronutrientes; S4 = 100% de fibra de coco. Houve diferença significativa apenas para o desenvolvimento do sistema radicular, maior em S3 do que em S2. Cálculos de regressão linear indicaram que as causas prováveis do menor desenvolvimento das raízes em S2 foram: maior densidade desse substrato, menor teor de matéria orgânica total, menor umidade natural, menores teores de potássio e boro, e concentrações mais altas (possivelmente tóxicas) de fósforo (0,19% de P2O5), ferro (42.086 mg/kg) e manganês (385 mg/kg). Concluiu-se que T. kautskyi pode ser cultivada em substratos que não contêm xaxim, e que substrato constituído por 100% de fibra de coco é um bom substituto para misturas contendo xaxim.

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Publicado

2005-06-09

Edição

Seção

Artigos Científicos