BAP e substratos na propagação vegetativa de Nymphaea x marliacea “Chromatella”.

Autores

  • Mônica Spier
  • Ana Paula Guisso Navarini
  • Ingrid Bergmann Inchausti de Barros
  • Francisco Schwarz
  • Paulo Vitor Dutra de Souza

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1797

Palavras-chave:

Ninféia, planta aquática, propagação vegetativa, citocinina, substrato.

Resumo

O gênero Nymphaea inclui aproximadamente 40 espécies estabelecidas em clima tropical e temperado, em ambos hemisférios. Popularmente conhecidas como ninféias ou lírios d’ água, as plantas possuem folhas arredondadas de bordos planos, as quais se prendem ao rizoma por um longo pecíolo avermelhado. As flores são grandes, isoladas, muito bonitas e de cores variadas (FONSECA, 1998; VILJOEN & NOTTEN, 2002).
A espécie Nymphaea x marliacea “Chromatella” é uma variedade híbrida obtida a partir do cruzamento entre seus parentais N. alba X N. mexicana. Caracteriza-se por florescimento diurno e abundante, e rizoma rugoso. As pétalas apresentam coloração amarelo-clara e as folhas jovens apresentam manchas púrpuras na face adaxial e avermelhadas na face abaxial (SLOCUM & ROBINSON, 1996).
Comercialmente a Nymphaea x marliacea “Chromatella” é propagada por divisão simples do rizoma. A quantidade de mudas obtidas por planta matriz usualmente é pequena, ficando em torno de duas a três mudas quando se divide o rizoma de uma planta cultivada durante um ano.
As plantas são divididas na primavera, logo antes do reinício do crescimento vegetativo e cada fração deve conter pelo menos uma gema. Em condições normais são necessários, em média, dois anos para produzir uma planta comercializável. Como poucas divisões podem ser feitas a partir de cada planta matriz há um alto custo unitário. A redução do custo poderia levar a um aumento na demanda (KELLY & FRETT, 1986). No entanto, existem poucos resultados de pesquisa envolvendo propagação de plantas aquáticas. Os estudos com esse tipo de planta geralmente se referem a sua utilização em fitorremediação de ambientes degradados ou a formas de controle de espécies infestantes.
Assim como a ninféia, a bananeira, até pouco tempo, era propagada, exclusivamente, através de brotações espontâneas do rizoma. Nos últimos anos, buscou-se desenvolver técnicas de propagação rápida “in vitro” e “in vivo”, a partir da utilização de reguladores de crescimento (PEREIRA et al, 2001).
As citocininas são importantes na regulação do crescimento e morfogênese dos tecidos e órgãos, e induzem a proliferação de gemas axilares e a quebra de dominância apical. Dentre estas, a 6-benzilaminopurina (BAP), tem-se mostrado eficiente na multiplicação de explantes e indução de gemas adventícias além de ter um menor custo que as outras citocininas (DUTRA et al, 2004).
Ninféias, Lótus e outras plantas aquáticas precisam de um substrato com bom balanceamento nutricional, que suporte um amplo crescimento e dê sustentação às plantas. Considerando-se os poucos resultados existentes a respeito da propagação da ninféia e de qual o melhor substrato para seu cultivo buscou-se, com este trabalho, avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de BAP sobre o número de mudas de Nymphaea x marliacea “Chromatella” obtidas a partir de divisão de rizomas e o efeito do tipo de substrato sobre o enraizamento destas.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos