Produção de mudas de vinca em substratos com resíduos da casca de coco verde

Autores

  • Fred Carvalho Bezerra
  • Daniel Barbosa Araújo
  • Antônio Valdônio dos Reis Lima
  • Mosyleide de Freitas Rosa

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1751

Palavras-chave:

propagação, muda, substrato, vinca

Resumo

O consumo de água de coco verde produz uma elevada quantidade de resíduos orgânicos, tornando-se um problema ambiental, principalmente com relação à sua disposição final. Uma alternativa para minimizar o impacto ambiental provocado pelos mesmos é a reciclagem, como por exemplo na forma de substrato agrícola, como já vem sendo feito com outros tipos de resíduos, como lixo urbano, lodo de esgoto, bagaço de cana, entre outros. Uma etapa importante na produção de flores e plantas ornamentais é a utilização de mudas de qualidade e o substrato usado é de suma importância para o desempenho da futura planta. O substrato deve permitir um bom desenvolvimento do sistema radicular da muda durante a sua permanência no viveiro e na sua escolha deve ser considerado o custo, tipo de material, facilidade de manuseio, peso e disponibilidade. O trabalho teve como objetivo utilizar substratos à base de resíduos da indústria do coco verde (casca), compostada ou não, na produção de mudas de vinca.
O experimento foi conduzido em casa de vegetação e constou de cinco tratamentos (substratos): T1:Comercial Hortimix (controle), T2: Composto de poedeira + Pó de coco verde ( 1:3), T3: Composto de poedeira + Pó de coco verde + Solo (1:2:1), T4: Composto de cama de frango + Pó de coco verde + solo ( 1:2:1), T5: Composto Bovino + Pó de coco verde + solo (1:1:1). A semeadura foi feita em bandeja plástica com 288 células (5ml/célula) usada normalmente por uma empresa de produção de “plugs”, colocando-se três sementes/célula de vinca (Catharanthus roseus), variedade Heat Wave, deixando-se apenas uma plântula/célula após o raleio aos 7 dias. Nos cinco primeiros dias as plântulas foram sombreadas a 50% e após este período permaneceram a sol pleno sob cobertura plástica até o final do experimento. A percentagem de germinação foi avaliada no sétimo dia após a semeadura e no final do experimento, aos 30 dias após a semeadura, foram determinados a percentagem de sobrevivência, altura e número de folhas totalmente expandidas das plântulas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições, com 10 plântulas por repetição.
Não foram observadas diferenças significativas para a percentagem de germinação entre os substratos testados, à exceção para o substrato T5 que apresentou os menores valores. Para a percentagem de sobrevivência de plântulas não foram observadas diferenças significativas entre os substratos testados. Os melhores resultados para as variáveis altura e número de folhas foram observados no substrato comercial e no substrato composto de cama de frango + Pó de coco verde + solo ( 1:2:1). Os tratamentos 2, 3 e 5 apresentaram valores bastante inferiores aos tratamentos 1 e 4 com relação à altura das plantas, mas valores próximos para a variável número de folhas, apesar das mesmas apresentarem tamanhos menores do que aquelas observadas nos tratamentos 1 e 4, ressaltando-se que essa observação foi feita visualmente. Todas as plântulas onde foi usado o substrato 2 (Composto de poedeira + Pó de coco verde: 1:3), apresentaram folhas amareladas. Todos os substratos proporcionaram boa formação de torrão por ocasião da retirada das mudas do recipiente. Os materiais usados no presente trabalho apresentam potencial para serem usados como substratos.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos