PEQUIZEIRO-ANÃO: ALTERNATIVA PARA O PAISAGISMO

Autores

  • Keize Pereira Junqueira
  • Nilton Tadeu Vilela Junqueira
  • Fábio Gelape Faleiro
  • Marcelo Fideles Braga
  • Sueli Matiko Sano
  • Dalvilmar Gomes Pereira Silva
  • Fabiana di Gois Aquino

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1728

Palavras-chave:

Caryocar brasiliense subsp. intermedium, planta ornamental, planta nativa do Cerrado.

Resumo

O Cerrado brasileiro ocupa uma área de 207 milhões de hectares, 24% do território nacional, e possui a segunda maior biodiversidade do Brasil, com cerca de 6.400 espécies de plantas catalogadas até o momento (Mendonça et al., 1998).
O pequizeiro (Caryocar spp. - Caryocaraceae) é uma planta nativa do Cerrado e da Amazônia (Silva et al., 2001). Segundo Prance e Silva (1973), quinze espécies e cinco subespécies de pequizeiro foram descritas até 1973. 
Distribuídas na faixa tropical do continente americano, apenas quatro dessas espécies não ocorrem no Brasil. A espécie de maior presença na região do Cerrado é C. brasiliense Camb., dividida em duas subespécies: C. brasiliense subsp. brasiliense de porte arbóreo com ampla distribuição e C. brasiliense subsp. intermedium, de porte arbustivo, com ocorrência restrita a algumas partes deste ecossistema (Figura 1) que tem sido denominado de pequi-anão, pequi rasteiro ou pequi-de-moita (Silva et al. 2001).   
O pequizeiro-anão, representado por C. brasiliense subsp. intermedium, possui folhas planas, não rugosas, com pedicelos e pedúnculos glabros ou pouco pubescentes. A face superior da folha é geralmente glabra, podendo, no entanto, apresentar pêlos longos, duros e grossos, esparsamente distribuídos em sua superfície, à semelhança do que ocorre na face inferior. As plantas apresentam hábito de crescimento arbustivo do tipo sufrutecente com caule aparente ou não (Silva et al., 2001). 
Segundo Silva et al. (2001), em plantios realizados no Distrito Federal, foi observado que as plantas de pequizeiro-anão, oriundas de sementes, iniciaram a frutificação com altura de 60 cm, aos 18 a 24 meses após o plantio, evidenciando que são também precoces. 
A busca por espécies nativas com potencial ornamental tem sido uma tendência no paisagismo, tendo em vista principalmente a exuberância e a rusticidade destas plantas. O pequizeiro-anão pode ser uma espécie bastante promissora para esta finalidade (Junqueira & Junqueira, 2006). Neste trabalho, objetivou-se caracterizar fenologicamente e morfologicamente o pequizeiro-anão, permitindo incluir esta espécie dentre as plantas nativas do Cerrado com potencial ornamental.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos