Atividade antioxidante de extratos de luteína proveniente de flores de Tagetes patula L. e Calendula officinalis L.

Autores

  • Aline Manke Nachtigall
  • Paulo César Stringheta
  • Ângela Cristina Oliveira Stringheta

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1703

Palavras-chave:

Tagetes, calêndula, luteína, antioxidante.

Resumo

Flores de Tagetes patula cv. French Marigold, cultivares Yellow, Orange e Flame e de Calendula officinalis L. foram cultivadas no Setor de Floricultura e Plantas Ornamentais, do Departamento de Fitotecnia, da Universidade Federal de Viçosa, MG.
As plantas foram cultivadas a pleno sol e no plantio foram fertilizadas com 50 L.m-2 de matéria orgânica, 50 g.m-2 de nitrogênio na forma de sulfato de amônio, 150 g.m-2 de P2O5 na forma de superfosfato simples e 20 g.m-2 de K2O na forma de cloreto de potássio. Após a coleta das flores, nos meses de novembro de 2004 a fevereiro de 2005
O efeito do solvente extrator e da saponificação sobre a capacidade antioxidante dos extratos de luteína obtidos de flores de Tagetes patula L. (tagestes) e Calendula officinalis L. (calêndula) foi avaliado pelo teste do radical livre DPPH e pela inibição da oxidação do ácido linoléico em emulsão com β-caroteno. Os extratos foram obtidos mediante extração com os solventes: etanol, tetraidrofurano e hexano por 24 h ao abrigo da luz, sendo a extração com hexano realizada, também, a quente em aparato Soxhlet com 7 h de extração dinâmica, seguida de extração estática over night e 1 h de extração dinâmica. A saponificação foi efetuada simultânea a extração com KOH etanólico 10%. Os extratos que apresentaram menor valor de EC50, ou seja, maior capacidade de seqüestro do radical DPPH foram os de tagetes extraídos com etanol não saponificado (0,044 g.mmol DPPH-1) e o saponificado extraído com tetraidrofurano (0,068 g.mmol DPPH-1), bem como, os de calêndula extraídos com tetraidrofurano independente da saponificação (0,004 e 0,015 g.mmol DPPH-1). Já os que apresentaram as maiores porcentagem de inibição à oxidação lipídica foram os extratos de tagetes e calêndula não saponificados, com inibições de 72,22% e 72,97%, respectivamente. O tetraidrofurano foi o solvente que de uma forma geral apresentou extratos mais efetivos quanto à proteção da oxidação, sendo que a saponificação contribuiu para a redução desta capacidade. Além da luteína outros compostos contribuíram para a ação antioxidante das oleoresinas. As flores estudadas podem ser consideradas fontes promissoras de compostos biologicamente ativos com propriedades antioxidantes.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos