Estabelecimento in vitro de boldo-de-jardim (Plectranthus ornatus, Lamiaceae).

Autores

  • Passinho Soares
  • Helna Célia
  • Paloma Ribeiro Meira
  • Jucení Pereira de Lima David
  • Jorge Mauricio David
  • José Raniere Ferreira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1650

Palavras-chave:

Plectranthus ornatus, Lamiaceae, organogênese

Resumo

O gênero Plectranthus L Her. pertencente à família Lamiaceae, subfamília Nepetoideae, possui cerca de 300 espécies e inumeráveis híbridos pertencentes ao mesmo. Essas espécies encontram-se distribuídas por regiões tropicais e subtropicais da Ásia, África, Austrália e Ilhas do Pacífico. Algumas espécies de Plectranthus têm importância econômica por serem fontes de óleos essenciais aromáticos, sendo também cultivados como plantas ornamentais, comestíveis, condimentares e medicinais. No Brasil, as espécies medicinais do gênero Plectranthus são citadas em levantamentos etnobotânico sobre plantas medicinais (Alcântara, 2005) e são conhecidas popularmente como, boldo, boldo-de-jardim, boldo-do-Brasil, boldo-falso, dentre outras sinonímias. São utilizadas na medicina popular como antidispéptica, anti-reumática, carminativa, colagoga, colerética, estomáquica, hiposecretora gástrica, hipotensora, tônica, analgésica, dentre outras indicações (Fischman, 1991 ; Câmara, 1998; Câmara, 2003; Shultze, 2005).
A eficácia e segurança de muitas plantas medicinais já foram comprovadas cientificamente, o que valida esse recurso como terapêutico benéfico e indispensável para a humanidade (Tyler, 1994). Entretanto, existem problemas de vários níveis que limitam o seu uso, entre eles pode-se citar o fato de que algumas espécies sintetizam os metabólitos secundários em concentrações muito baixas o que exige processos de extração dispendiosos e elaboração de formulações farmacêuticas complexas; outras espécies apresentam enorme variabilidade genética com alterações quantitativas e qualitativas nos metabólitos secundários o que dificulta a obtenção de droga padronizada; existe ainda o fato de que as plantas muitas vezes estão sob forte pressão antrópica, expostas a erosão genética e redução drástica de populações endêmicas o que dificulta a utilização em escala comercial.
O estudo da micropropagação de espécies utilizadas na medicina popular tem sido intensificado nos últimos anos, devido ao crescente investimento em pesquisas para a descoberta de novos fármacos.  Desse modo, a utilização de técnicas biotecnológicas em plantas, tais como, micropropagação, cultura de células e tecidos vegetais, pode resolver ou minimizar alguns dos problemas relacionados acima e visam também o aumento e o direcionamento da propagação de plantas medicinais e produção de metabólitos secundários que tenham relevância do ponto de vista terapêutico e que por algum tipo de impedimento não podem ser produzidos por síntese (Debnath, 2006, Zhang, 2007; Zhao, 2005). 
A utilização de substâncias reguladoras de crescimento apresenta importância fundamental para o estabelecimento da competência e determinação, imprescindíveis para a formação de meristemas caulinares e/ou radiculares (Kerbauy, 1999). Os reguladores de crescimento exercem sua ação por reconhecimento de receptores específicos, presentes em células responsivas, traduzindo sinais hormonais em eventos bioquímicos e fisiológicos (Guerra et al., 1999).
O presente trabalho teve por objetivo promover o estabelecimento in vitro de  Plectranthus ornatus Codd.  

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos