Luz natural no cultivo in vitro de Musa spp.: uma alternativa a utilização de lâmpadas fluorescentes na fase de enraizamento.

Resumo

Dentre os avanços obtidos para diminuição dos custos de produção, a substituição das lâmpadas fluorescentes comumente utilizadas nas salas de crescimento pela luz natural ou solar, associado ou não a redução nos níveis exógenos de sacarose, são um dos mais importantes (Kodym & Zapata-Arias, 1999, 2001; Sendin, 2001; Rocha, 2005). Isso porque os gastos com iluminação artificial nas salas de cultivo representam cerca de 65% do total de energia elétrica (Standaert de Metsenaere, 1991). Adicionalmente, modificações nas concentrações exógenas de carboidratos nos meios de cultivo podem promover efeitos benéficos ou deletérios as culturas in vitro, já que influenciam vários processos metabólicos nas plantas, com efeitos diretos sobre o crescimento e diferenciação dos tecidos (George, 1996), além de ser fator determinante para que se alcancem elevadas taxas de sobrevivência de plantas na aclimatização (Calvete, 1998).
Efeitos benéficos da luz solar associada a algumas modificações na composição nutricional e física dos meios de cultura foram observadas para a micropropagação das cultivares de bananeira Grande Naine (AAA) e Maçã (AAB), com redução nos custos de produção das mudas de até 90% (Kodym & Zapata-Arias, 1999, 2001; Sendin, 2001). Contudo, a existência de informações e de entendimento sobre os efeitos advindos das modificações no ambiente de cultivo in vitro, especialmente pelo uso da luz natural, sobre as plantas cultivadas in vitro ainda são incipientes. Assim, objetivou-se avaliar a influência do ambiente de cultivo e concentrações de sacarose sobre o crescimento e anatomia de cultivares de bananeira na fase de enraizamento in vitro.