Resgate histórico da praça da Basílica de Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas Gerais

Autores

  • Luiza de Castro Juste
  • Patrícia Duarte de Oliveira Paiva

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbho.v21i1.777

Palavras-chave:

Jardins históricos, Estrada Real, Paisagismo.

Resumo

As praças e os jardins sempre estiveram no coração das cidades, consagrando sua história e dando lugar a acontecimentos públicos e privados da população. Os jardins históricos contribuem para a memória e identidade de um povo, podendo ser considerados como herança cultural e monumento vivo e, por isso, a importância de sua preservação. Esses jardins estão presentes em muitas localidades e, em especial, nas cidades coloniais de Minas Gerais, que possuem suas raízes fincadas na busca incessante pelo ouro e nos caminhos traçados pela então Estrada Real. Congonhas, cidade que surgiu a partir da exploração do ouro, e também a partir da fé dos portugueses, possui enorme potencial turístico. Sua história é marcada pela obra-prima de Aleijadinho, que a transformou em Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Essa pesquisa teve como objetivo, considerando a importância dos jardins históricos, estudar a evolução histórico-cultural e paisagística da Praça da Basílica de Bom Jesus de Matosinhos com ênfase às transformações morfológicas do espaço por ela ocupado e às representações sociais encontradas. Para isso, foi feita uma pesquisa exploratória por meio de visitas ao local, entrevistas e pesquisas bibliográficas e iconográficas. A reunião dos dados coletados permitiu organizá-los no processo histórico da ocupação da área e viabilizou a identificação das principais modificações ocorridas ao longo do tempo. Não houve nenhum ideário de ocupação do espaço da praça, seja como ambiente de convívio, seja como ornamentação até a década de 1920. A ideia de embelezamento do local surgiu somente com a chegada dos padres Redentoristas a Congonhas em 1923. A partir daí, diversas foram as formas adquiridas pelo jardim, contando, inclusive, com projeto de Roberto Burle Marx. A praça possui um intuito religioso e não carrega a concepção da maioria das praças brasileiras como um lugar de convívio da população ou marco do poder político.

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Publicado

2015-04-16

Edição

Seção

Artigos Científicos