Propagação vegetativa de Sinningia lineata (Hjelmq.) Chautems, rainha-do-abismo

Autores

  • CECÍLIA MACIEL BARROSO
  • INGRID B.I. DE BARROS
  • LÚCIA BRANDÃO FRANKE
  • BRUNISLAU GLOVACK
  • MÁRIO LUIS FOCHESATO

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbho.v14i2.286

Resumo

Sinningia lineata (Hjelmq.) Chautems tem grande potencial ornamental. Apesar de sua rusticidade, esta espécie encontra-se ameaçada de extinção em virtude dos impactos ocorridos em seu ambiente. Em se tratando de recursos genéticos, os estudos de propagação vegetativa contribuem para a manutenção da variabilidade genética em bancos de germoplasma – considerados importantes por para viabilizar o uso de espécies na ornamentação e paisagismo. Com o propósito de criar subsídios para tais práticas, o objetivo deste trabalho foi testar métodos de propagação vegetativa de S. lineata. Foram desenvolvidos dois estudos: a propagação por divisão de tubérculos e por estaquia. No primeiro, selecionaram-se 36 tubérculos distribuídos em nove tratamentos com quatro repetições. Os tratamentos constaram de três testemunhas, três com aplicação de calda bordalesa e três com aplicação de calda sulfocálcica. Os três tratamentos para cada aplicação referem-se às secções dos tubérculos em 2, 3 e 4 fragmentos. Avaliaram-se a capacidade de cicatrização dos fragmentos e a produção de novos indivíduos. No experimento de propagação por estaquia, foram utilizadas 51 estacas herbáceas com um par de folhas. Os três tratamentos com 17 repetições foram os seguintes: testemunha, aplicação de 100 e de 200 ppm de ácido indolbutírico (AIB). Foram avaliados seis parâmetros referentes ao desenvolvimento de brotações, tubérculos e raízes. Os resultados do primeiro estudo indicaram não haver diferença em relação à cicatrização dos fragmentos dos tubérculos e à aplicação dos fungicidas. No entanto, nos tratamentos com a divisão em quatro fragmentos, ocorreram perdas por desidratação de, em média, 75, 100 e 50% dos fragmentos referentes ao tratamento testemunha e aos tratamentos com aplicação de calda bordalesa e de calda sulfocálcica respectivamente. Ao final do segundo estudo, todas as estacas mostraram-se viáveis e deram origem a novos indivíduos. Todavia, a utilização de AIB sugeriu um efeito fitotóxico sobre as estacas de S. lineata. Os resultados dos dois estudos indicaram ser a espécie facilmente propagada assexuadamente. Os métodos revelaram-se viáveis em relação aos custos e à simplicidade das técnicas.

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Publicado

2008-07-21

Edição

Seção

Artigos Científicos