Autopolinização de Cycnoches haagii, orquídea nativa do Cerrado Brasileiro, resulta em plântulas fenotipicamente albinas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2447-536X.v28i1.2411

Palavras-chave:

albinismo, geitonogamia, germinação, orquídea, pigmentos vegetais

Resumo

Autopolinização de Cycnoches haagii, orquídea nativa do Cerrado Brasileiro, resulta em plântulas fenotipicamente albinas Cycnoches haagii é uma orquídea epífita alvo de muitos coletores, mas nenhuma referência foi encontrada na literatura sobre sua biologia reprodutiva. Assim, o objetivo deste estudo foi obter informações preliminares sobre os tipos de polinização e sua influência na viabilidade das sementes desta orquídea nativa do Cerrado brasileiro, a fim de viabilizar futuros programas de multiplicação e preservação. Foram realizadas polinizações entre flores da mesma planta (geitonogamia) ou plantas diferentes (xenogamia). As sementes obtidas das cápsulas foram semeadas em meio B&G, com concentração total e parcial de sais. Sementes de geitonogamia resultaram em 25% dos protocormos albinos e consequentemente em plântulas albinas. Este fenômeno não ocorreu em sementes oriundas de polinização xenogâmica. A análise de pigmentos mostrou que mesmo as plântulas albinas apresentaram clorofilas e carotenoides, porém em concentrações significativamente menores, 16% e 37% respectivamente, em relação às plântulas pigmentadas. A polinização geitonogâmica deve ser evitada em programas de propagação da orquídea C. haagii devido à origem de plântulas albinas. Além disso, a polinização xenogâmica mostrou-se um método muito interessante para a obtenção de mudas com fenótipo albino, material vegetal muito intrigante para futuras investigações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vespasiano Borges de Paiva Neto, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Campus de Ciências Agrárias, Colegiado de Engenharia Agronômica.

Matheus de Aguiar Torrezan, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Campus de Ciências Agrárias, Colegiado de Engenharia Agronômica.

Manoela Aparecida Vieira da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Campus de Chapadão do Sul.

Daly Roxana Castro Padilha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Campus do Pantanal.

Jerônimo Constantino Borel, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Campus de Ciências Agrárias, Colegiado de Engenharia Agronômica.

Monica Cristina Rezende Zuffo-Borges, Universidade Federal do Vale do São Francisco

Campus de Ciências Agrárias, Colegiado de Engenharia Agronômica.

Downloads

Publicado

2021-11-16

Edição

Seção

Artigos