Morfologia de diásporos e de plântulas de Dypsis lastelliana (Baill.) Beentje & J. Dransf

Autores

  • Ricardo Soares Pimenta
  • Fabíola Vitti Moro
  • Kathia Fernandes Lopes Pivetta
  • Petterson Baptista da Luz
  • Camila Schiavoni Frateschi

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1834

Palavras-chave:

palmeira-de-pescoço-marrom, germinação, sementes.

Resumo

Dypsis lastelliana  (Baill.) Beentje & J. Dransf. é uma palmeira solitária, com estipe dilatado na base, anelado, verde-acinzentado, aveludado, de cor marrom no topo, com 20 a 25 cm de diâmetro. Conhecida popularmente por palmeira-de-pescoço-marrom é uma espécie pouco difundida no país. Destaca-se como ornamental, principalmente, pelo tom aveludado e de coloração marrom do caule e dos pecíolos. Há poucas informações sobre a germinação de sementes desta espécie. Este trabalho teve, portanto, o objetivo de descrever a morfologia dos diásporos (sementes com o endocarpo aderido) e do processo germinativo de Dypsis lastelliana. Os frutos foram coletados no sítio “Tropical Paisagismo” situado em Limeira-SP. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Morfologia Vegetal do Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária – FCAV–UNESP, Jaboticabal, SP. Um quilo de diásporos contém cerca de 1471 unidades. Os diásporos são arredondadas, com endosperma ruminado e de consistência dura. O embrião de Dypsis lastelliana é lateral, periférico, indiviso e cônico, com aproximadamente 3 mm de comprimento distinguindo-se uma região distal, mais estreita e uma região proximal, mais alargada, de coloração, apresentando, em vista frontal, uma pequena elevação central por onde emergirá a raiz primária. A germinação de sementes é do tipo adjacente ligulada, sendo que o desenvolvimento da plântula é adjacente ao diásporo e se inicia a partir de uma massa de células indiferenciadas na depressão micropilar. Posteriormente, essa massa de células torna-se cilíndrica, com a diferenciação dos primórdios caulinares e radiculares, sendo o primeiro envolto por uma bainha fechada. Concomitantemente, ocorre o desenvolvimento de raízes adventícias no eixo embrionário. O sistema radicular é fasciculado, com raízes adventícias diferenciadas e várias raízes laterais. O primórdio caulinar é constituído por três bainhas que envolvem a primeira folha jovem, as quais se abrem, sucessivamente, permitindo a emergência da folha primária. A primeira bainha é localizada próximo ao eixo embrionário e apresenta menor extensão que as demais.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos