Propagação e desenvolvimento de grama-preta em diferentes substratos

Autores

  • Claudia Petry
  • Juliano Rech
  • Jucelaine Vanin
  • Edson Campanhola Bortoluzzi
  • Eunice Oliveira Calvete

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1808

Palavras-chave:

Ophiopogon japonicus Ker-Gawl., divisão de touceiras, propagação vegetativa.

Resumo

Ophiopogon japonicus Ker-Gawl é uma angiosperma da família Liliaceae, planta herbácea estolonífera perene originária da China e Japão, com 20-30 cm de altura, acaule e com folhas lineares, finas e verde-escuras recurvadas. Observa-se também a forma variegada e folhas verdes amareladas, bem como anãs, ambas ainda raras, e que não florescem (Lorenzi e Souza, 1995). Mesmo havendo cerca de quatro mil espécies encontradas em quase todo o mundo, desde as zonas mais quentes até as temperadas (Gemtchújnicov, 1976), ainda são mais comuns e importantes no antigo continente que no americano (Schultz, 1990). A grama-preta é uma espécie bem adaptada tanto a pleno sol, quanto a meia sombra e é utilizada em bordadura e forração; não suporta pisoteio, multiplicando-se por divisão de touceiras.
Nesse método divide-se a planta matriz em mudas que contenham parte aérea e raiz que podem ser podadas ou não, como forma de estimular a brotação. Os brotos novos, normalmente surgem lateralmente na touceira a cada estação de crescimento e no processo de propagação, descarta-se a parte central, mais velha (Hartmann et al., 2002). Herbácea perene, a touceira de grama-preta pode ser dividida manualmente em diversas mudas, compatíveis com o tamanho da planta matriz. Para Nau (1996), o sucesso da divisão de touceira dependerá da identificação da melhor época e idade da planta, para obter o maior número possível de mudas e da definição do tamanho da muda para cada espécie. As mudas devem ser replantadas na mesma profundidade da planta original (Arbury et al., 1997). Embora esse método seja prático e rentável, ele pode ser de longa duração na escala comercial.
Para favorecer uma emissão rápida de raízes, Lemaire et al. (1989) sugerem que o substrato tenha alta disponibilidade de água e porosidade total, além de baixa resistência à penetração mecânica de raízes. Em Pelargonium, estes autores encontraram velocidades maiores de emissão de raízes nos substratos contendo vermiculita e turfa isolada, em relação à mistura de turfa e areia, e quando usada areia pura, portanto substratos mais leves e menos densos proporcionaram a maior emissão de raízes. Usualmente, a comercialização de grama-preta ainda é por caixas com substrato argiloso, mais prático, onde as mudas estão sob condições limitadas de espaço, volume e talvez a qualidade do substrato, o que restringe seu desenvolvimento inicial, mesmo apresentando um desenvolvimento normal após o transplante. Em função do exposto o presente trabalho buscou avaliar a viabilidade da propagação vegetativa por touceiras e o desenvolvimento de variedades da grama preta, Ophiopogon japonicus Ker-Gawl. quando submetidas a diferentes substratos, que variam de textura leve mais orgânica até textura mais argilosa.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos