Crescimento Vriesea flammea L. B. Smith em diferentes substratos.

Autores

  • Ângela Cristina Oliveira Stringheta
  • Victor Hugo Alvarez Venegas
  • Derly José Henriques da Silva
  • José Luiz Pinto Magalhães Jr.
  • José Geraldo Barbosa

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1805

Palavras-chave:

Vriesea flammea, Bromélia, Propagação, Plantas ornamentais, Substratos.

Resumo

A família Bromeliaceae possui distribuição geográfica neotropical, com apenas uma espécie representada fora do continente americano (Mc Willians, 1974). No Brasil encontrase distribuída em todo território nacional, desde as caatingas aos campos de altitude, passando pelos campos rupestres (Leme e Marigo, 1993), sendo que, ao Leste do país, as espécies de bromélias são mais abundantes na Mata Atlântica (Reitz, 1983).
A Mata Atlântica é o ecossistema que possui maior diversidade e número de espécies endêmicas de bromélias do planeta. Entretanto, a exploração de grande parte destas plantas é feita mediante extrativismo.
Grandes quantidades destas bromélias são coletadas para serem comercializadas no mercado e para exportação a colecionadores e produtores europeus e norte americanos. A coleta com a finalidade comercial, é, geralmente, a que maiores danos traz a natureza, uma vez que, as quantidades coletadas são maiores ( Carvalho, 2001).
Desta forma, a produção de bromélias em escala comercial se mostra uma atividade viável, podendo amenizar o problema da extração de plantas das matas ou reservas florestais.
Embora muitas vezes, a coleta possa salvar espécies de populações ameaçadas, em outras situações, onde o interesse é a comercialização ou o desejo de se colecionar plantas, corre-se o risco de destruir determinadas espécies (Carvalho, 2001).
Com relação aos substratos empregados, plantas epífitas, como bromélias, exigem substratos de baixa densidade, alta permeabilidade e aeração (Stringheta et al., 2001).
A fibra de xaxim é um material tradicionalmente utilizado como substrato no Brasil. O resíduo é proveniente da indústria de fabricação de vasos de xaxim e é empregado no cultivo de plantas epífitas (Backes, 1988). Esta samambaia apresenta crescimento lento, leva entre 15 a 18 anos para atingir o estágio ideal para extração (Lorenzi & Souza, 2001), portanto deve ser protegida e seu uso reprimido diante do risco de extinção da espécie.
Devido à extração indiscriminada e predatória, o xaxim foi incluído na Lista Oficial da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção (Portaria – IBAMA, no 37/92), tendo hoje em dia sua comercialização proibida.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a qualidade visual de plantas de Vriesea flammea L. B. Smith em diferentes substratos em substituição ao xaxim, fertilizadas ou não com o fertilizante B&G.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos