Morfologia dos diásporos e da plântula de Caryota urens L.

Autores

  • Ricardo Soares Pimenta
  • Kathia Fernandes Lopes Pivetta
  • Rinaldo César de Paula
  • Fabíola Vitti Moro
  • Peterson Baptista da Luz

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1764

Palavras-chave:

Phoenix roebelenii, palmeira, germinação.

Resumo

Caryota urens (Lam.) Mart., embora muito utilizada, há poucas informações sobre produção de mudas; desta forma, este trabalho teve como objetivo descrever a morfologia do diásporo (semente com o endocarpo aderido) e da plântula. Frutos de Caryota urens (Lam.) Mart. foram coletados de matrizes localizadas no município de Jaboticabal-SP, no  dia 01 de agosto de 2003. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes Hortícolas do Departamento de Produção Vegetal e no Laboratório de Morfologia do Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal.  Após a colheita, o epicarpo e o mesocarpo dos frutos foram removidos por meio de atrito manual contra a peneira sob água corrente. Os diásporos foram enxaguados em água corrente e secos à sombra por 24 horas. Efetuou-se a semeadura de 100 diásporos em bandejas de plástico transparente (50 x 25 x 0,6 cm), contendo uma camada de 5 cm do substrato vermiculita média umedecida. O sistema foi mantido em condições não controladas de laboratório. Nas regas, utilizou-se água destilada com nistatina a 0,2% para minimizar a contaminação por fungos e foram realizadas sempre que se observou a necessidade de reposição de água no substrato.  As faces externa e interna dos diásporos, bem como o embrião, foram esquematizados com auxílio de câmara clara acoplada ao estereomicroscópio. Foram retiradas amostras representativas de cada fase do processo germinativo. Estas foram fixadas em FAA (formalina – ácido acético – álcool etílico) para posterior análise. As amostras foram documentadas por meio de esquemas, com auxilio de câmara clara acoplada ao estereomicroscópio, para a documentação e descrição dos eventos morfológicos externos. O início da germinação dos diásporos de Caryota urens L. ocorreu entre 9 e 60 dias, com a abertura de um opérculo circular no diásporo, por onde é emitida uma estrutura bulbosa e oca, denominada pecíolo cotiledonar. Essa estrutura é um alongamento do cotilédone único, que internamente passa a funcionar como órgão de absorção de reservas, denominado haustório. Com o crescimento do pecíolo cotiledonar, o material de reserva (endosperma) vai sendo consumido gradativamente. O pecíolo cotiledonar cresce aproximadamente até 5 cm, quando então se inicia uma dilatação em sua extremidade. Na extremidade dessa região dilatada, inicia-se o crescimento da raiz primária e a abertura de uma fenda longitudinal, por onde emerge a parte aérea, a plúmula. A plúmula é composta pela primeira folha juvenil completa (eófilo) revestida por uma bainha. Nesta fase observa-se o aparecimento de raízes secundárias. A primeira folha de Caryota urens L. é pinada, com 2 pinas de forma triangular assemelhando-se à cauda de peixe. A nervação é paralela, com nervuras largas, dispostas longitudinalmente.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos