Efeito da temperatura e do estádio de maturação dos frutos na germinação de sementes de Roystonea regia (Kunth) O. F. Cook (Arecaceae)

Autores

  • Ana Paula Penariol
  • Kathia Fernandes Lopes Pivetta
  • Denise Renata Pedrinho
  • Ricardo Soares Pimenta

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1763

Palavras-chave:

Roystonea regia, palmeira, germinação.

Resumo

A espécie Roystonea regia (Kunth) O.F. Cook., popularmente conhecida como palmeira real, é originária de Cuba, das Guianas e do Panamá, em vegetação aberta de baixadas úmidas até 100 metros de altitude, e apresenta grande importância ornamental. O estipe é espesso, com dilatações irregulares, terminando num palmito volumoso no topo que geralmente fica escondido pelas folhas recurvadas e um tanto pendentes, apresentando de 10-25 m de altura por 40-70 cm de diâmetro. As folhas são plumosas, com folíolos inseridos em ângulos diferentes sobre a raque formando duas fileiras. Os frutos são globosos, de coloração variando de vermelho a violeta, amadurecendo no outono. A espécie é cultivada com grande freqüência no Brasil, sendo talvez até mais popular que Roystonea oleracea, palmeira imperial. É muito característica a dilatação monumental da base de seu tronco quando jovem. Apresenta rápido crescimento a pleno sol e tolera temperaturas amenas no inverno (Lorenzi et al., 2004),
A maioria das espécies da Família Arecaceae é propagada sexuadamente, no entanto, este processo, freqüentemente, é dificultado, pois a germinação das sementes, de maneira geral, é lenta e desuniforme e é influenciada por vários fatores, como temperatura e estádio de maturação (Meerow, 1991).
Para as espécies da Família Arecaceae, há variações na indicação da faixa ideal onde ocorre a germinação de sementes de diferentes espécies. Generalizando, para várias espécies, os melhores resultados podem ser obtidos entre temperaturas que variam desde 24 até 35°C (Meerow, 1991; Broschat, 1994; Lorenzi et al., 2004).
Estudos têm sido realizados visando encontrar a temperatura ou a faixa de temperatura ideal para diferentes espécies de palmeiras, entre esses, o trabalho feito com Phoenix roebelenii (Iossi et al., 2003), com Syagrus romanzoffiana (Pivetta et al., 2005a) e com Thrinax parviflora (Pivetta et al., 2005).
O estádio de maturação do fruto é outro fator muito importante que interfere no sucesso da germinação das sementes. Para as palmeiras, Lorenzi et al. (2004) comentaram que os melhores resultados são obtidos com sementes provenientes de frutos maduros, sendo a germinação de sementes de frutos imaturos muito falha, podendo até não ocorrer, porque o endosperma se encontra ainda aquoso, não solidificado.
Para algumas espécies, estudos mostram que as sementes de palmeiras germinam melhor quando os frutos foram colhidos maduros, como foi observado por Broschat & Donselman (1988) que realizaram estudos com diferentes graus de maturação de frutos de Phoenix roebelenii e constataram maior porcentagem final de germinação de frutos maduros. Já estudos realizados por Maciel (1996) demonstraram que, para Livistona chinensis, melhores resultados foram obtidos com frutos colhidos verdes. Para Viana (2003), as sementes da espécie Livistona rotundifolia, apresentam germinação semelhante tanto para frutos colhidos verdes como maduros.
Aguiar et al. (2001), estudando o efeito de vários fatores, entre eles, temperatura (25°C, 35°C e 25-35°C) e o estádio de maturação de frutos (amarelo, intermediário e preto) na germinação de sementes de Rhapis excelsa, observaram que os melhores resultados foram obtidos com frutos amarelos a 25ºC.
Desta forma, este trabalho teve como objetivo estudar o efeito da temperatura em três estádios de maturação dos frutos na germinação de sementes de Roystonea regia.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos