Influência das concentrações de MS, GA3 e carvão ativado na germinação de sementes de Ipê-Branco (Tabebuia roseo-alba).

Autores

  • Letícia Caravita Abbade
  • Patrícia Duarte de Oliveira Paiva
  • Renato Paiva

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1747

Palavras-chave:

Tabebuia roseo-alba, MS, acido giberélico, sementes, Bignoniaceae

Resumo

O gênero Tabebuia, pertencente à família Bignoniaceae, compreende cerca de cem espécies com ampla distribuição desde o México e Antilhas até o Norte da Argentina, (Rizzini, 1971), apresentando flores de diferentes colorações. Os ipês-brancos são extremamente ornamentais, e nos últimos anos têm sido utilizados na arborização de ruas e parques e em reflorestamentos destinados à recomposição de vegetação arbórea, e a sua madeira pode ser empregada na construção civil. Embora seja uma espécie de grande valor, existem poucas informações a respeito de suas sementes (Lorenzi, 1992). De acordo com Kageyama e Marques (1981), espécies do gênero Tabebuia são pioneiras e como tal desenvolveram mecanismos adaptáveis que favorecem a dispersão e o rápido estabelecimento, possuindo pequena quantidade de reserva o que implica em curto período de viabilidade das sementes.
A germinação de suas sementes é extremamente variável, podendo haver incrementos, seguidos de novos decréscimos e acréscimos ao longo do desenvolvimento, maturação e armazenamento, acarretando perdas durante a germinação. As sementes são produzidas em pequenas quantidades e apresentam baixa germinação, diferentemente da Tabebuia serratifolia, produzidas em grande quantidade (Nery, 2005). 
Uma possibilidade para a obtenção de plantas matrizes, para serem usadas como fonte de explantes em experimentos de cultura de tecidos, é a germinação in vitro. Quando o estabelecimento da cultura via material oriundo do campo ou de casa de vegetação traz o problema da contaminação endógena severa, esta pode ser a única fonte de material asséptico. Segundo Gricoletto (1997), a obtenção dos explantes a partir de plântulas de sementes germinadas in vitro evita a contaminação do material vegetal e a baixa resposta morfogenética dos tecidos arbóreos adultos.
A pouca produção de sementes viáveis de ipê-branco se torna um fator limitante para a propagação sexuada da espécie. Uma ferramenta que vem sendo amplamente utilizada para a propagação de espécies lenhosas que apresentam dificuldade de germinação é a cultura de tecidos, que pode propiciar a produção de mudas de forma efetiva. Assim, a cultura de tecidos se torna uma opção real para se tentar propagar o ipê-branco.
A técnica de cultura de tecidos têm sido bastante eficaz na propagação de várias espécies. Essa técnica permite o crescimento de células, tecidos e órgãos isolados da planta-mãe, em condições assépticas e controladas. Essa abordagem de propagação de plantas se baseia na totipotencialidade das células das plantas, o que significa que qualquer célula, no organismo vegetal, contém toda a informação genética necessária à regeneração de uma planta completa (TORRES & CALDAS, 1990).
O objetivo deste trabalho foi verificar a influência do GA3 e de diferentes meios de cultura utilizados para a germinação do ipê-branco (Tabebuia roseo-alba).

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos