Germinação de sementes de Ipê-Branco (Tabebuia roseo-alba) em diferentes substratos.

Autores

  • Letícia Caravita Abbade
  • Patrícia Duarte de Oliveira Paiva
  • Renato Paiva

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1745

Palavras-chave:

Tabebuia roseo-alba, sementes, terra, plantmax, Bignoniaceae

Resumo

A germinação de sementes é uma das fases críticas para o estabelecimento das plantas em condições naturais. Fisiologicamente, a germinação inicia-se com a embebição de água pela semente, seguida da retomada do crescimento do embrião quiescente e terminando com a protrusão de alguma parte deste por meio do tegumento. Na maioria dos casos, o primeiro órgão a emergir é a raiz primária. O processo de germinação inicia-se com o ressurgimento das atividades metabólicas que foram quase que paralisadas após a maturação da semente (Bewley e Black, 1982).
O gênero Tabebuia, pertencente à família Bignoniaceae, compreende cerca de cem espécies com ampla distribuição desde o México e Antilhas até o Norte da Argentina, (Rizzini, 1971), apresentando flores de diferentes colorações. Os ipês-brancos são extremamente ornamentais e, nos últimos anos têm sido utilizados na arborização de ruas, composição de praças e parques e em reflorestamentos destinados à recomposição de vegetação arbórea, e a sua madeira pode ser empregada na construção civil. Embora seja uma espécie de grande valor, existem poucas informações a respeito de suas sementes (Lorenzi, 1992). De acordo com Kageyama e Marques (1981), espécies do gênero Tabebuia são pioneiras e como tal desenvolveram mecanismos adaptáveis que favorecem a dispersão e o rápido estabelecimento, possuindo pequena quantidade de reserva o que implica em curto período de viabilidade das sementes.
A germinação de suas sementes é extremamente variável, podendo haver incrementos, seguidos de novos decréscimos e acréscimos ao longo do desenvolvimento, maturação e armazenamento, acarretando perdas durante a germinação. As sementes são produzidas em pequenas quantidades e apresentam baixa germinação, diferentemente da Tabebuia serratifolia, produzidas em grande quantidade. Gemaque (1999) observou flutuações na porcentagem de germinação ao longo do armazenamento e Oliveira (2004) verificou que a germinação era afetada pela quantidade de compostos fenólicos produzidos em condições de estresse.
Poucos são os estudos envolvendo o processo de germinação das sementes e não existem estudos de micropropagação para essa espécie. Esses estudos podem elucidar diversos aspectos relacionados à germinação, o estabelecimento in vitro e à conservação das plantas da espécie. O objetivo deste trabalho foi identificar o melhor substrato para germinação de sementes de ipê-branco (Tabebuia róseo-alba).

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos