Remodelação da paisagem do entorno do Restaurante Universitário da UNESP/FCAV, Campus de Jaboticabal.

Autores

  • Ruchele Marchiori Coan
  • Kathia Fernandes Lopes Pivetta
  • Camila Soares Rosa
  • Caroline de Moura D’Andréa Mateus
  • Juliana Garcia dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1713

Palavras-chave:

Paisagismo, planejamento, paisagem.

Resumo

O Restaurante Universitário (RU) da UNESP/FCAV é um espaço muito freqüentado por alunos e funcionários, além de estar inserido em um local de intenso trânsito de pessoas e automóveis. A queda recente de uma das árvores que ornamentavam a área desse prédio, e a necessária retirada de outras árvores que traziam risco ao prédio, fez com que o mesmo perdesse seu contexto paisagístico. Visando adequar o entorno do prédio do Restaurante Universitário, esse trabalho teve como objetivo fazer o replanejamento paisagístico da área. O trabalho foi realizado pelo Grupo “Oficina da Paisagem”, criado com a finalidade de estudar aspectos ligados à paisagem, prioritariamente, do Campus de Jaboticabal. Foi realizado o levantamento plani-altimétrico, fotográfico, cadastral e botânico, bem como, análise do solo. Foram anotadas as preferências e necessidades das pessoas que freqüentam o prédio ou circulam no entorno, visando tornar o local mais seguro, bonito e agradável, e acima de tudo, um local que esteja inserido no contexto paisagístico do Campus de Jaboticabal (Tropical Naturalista). Verificou-se que há, primeiramente, a necessidade de remodelar a calçada que dá acesso ao prédio, já que a mesma é estreita e dificulta o trânsito do grande número de pessoas que freqüentam o local e, principalmente, de cadeirantes. Relacionado aos elementos vegetais, maior atenção foi dada às palmeiras, pois o prédio está inserido numa grande área escolhida como banco de espécies da família Arecaceae e, com esse intuito, foram acrescentadas mais três espécies à coleção, ou seja, Dypsis decaryi (palmeira-triângulo), Ptychosperma macarthurii (palmeira-de-macarthur) e Wodyetia bifurcata (palmeira-rabo-de-raposa), somando às já existentes plantas de Copernicia prunifera (carnaúba), Ptychosperma elegans (palmeira-solitária) e Syagrus romanzoffiana (jerivá), presentes no entorno desse prédio. Também foram utilizadas muitas espécies herbáceas de pequeno porte e rasteiras, como amendoim-rasteiro (Arachis repens), abacaxi-roxo (Tradescantia spathacea), quaresmeira-rasteira (Schizocentron elegans), clorófito (Chlorophytum comosum), azulzinha (Evolvulus glomeratus), moréia (Dietes bicolor), rabo-de-gato (Acalyfa reptans) e falsa-murta (Murraya exotica) para formação do plano de massa. Atenção também foi dada para as espécies arbóreas, pois o local estava deficiente de áreas sombreadas. Dessa forma, foi introduzida uma espécie arbórea na fachada da entrada principal do prédio (Bauhinia blaqueana) e algumas espécies na área do fundo do prédio, como ipê-branco (Tabebuia roseo-alba), ipê-amarelo (Tabebuia aurea), ipê-roxo (Tabebuia avellanedae), paineira (Chorisia speciosa), com o objetivo de formar um bosquete de contemplação. A escolha foi criteriosa evitando espécies tóxicas, com espinhos e de difícil manutenção, já que o Campus possui uma grande área paisagística. Foi feito um estudo das áreas de vistas do prédio, tanto internas quanto externas e realizado o planejamento paisagístico, apresentado em planta térrea e em perspectiva isométrica no programa Autocad, mantendo a harmonia do Campus.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos