Aclimatização de mudas micropropagadas de patchouli.

Autores

  • Aline Vieira Santos
  • Maria de Fátima Arrigoni Blank
  • Arie Fitzgerald Blank
  • Fernanda Ferreira Tavares

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1683

Palavras-chave:

Pogostemon cablin, substratos alternativos, pó de coco

Resumo

O patchouli (Pogostemon cablin Benth.) é uma espécie pertencente à família Lamiaceae que possui grande valor comercial devido ao óleo essencial extraído de suas folhas. É uma espécie originária da Malásia, Filipinas e sul da Índia, mas que devido ao seu valor comercial têm sido cultivada em várias partes do mundo (DONELIAN, 2004).
A aclimatização é a fase da micropropagação em que ocorre a transferência das mudas produzidas in vitro para o ambiente externo, a casa de vegetação e, posteriormente, para o campo. É constituída basicamente de duas etapas: o enraizamento (in vitro e in vivo) e a transferência para condições não estéreis com temperatura e umidade controladas (SILVA et al., 2003). Nesse processo as plantas passam por modificações morfo-anatômicofisiológicas para que as mesmas sobrevivam ao novo ambiente. É um processo criterioso e exige muitos cuidados, pois a planta passa de um ambiente de baixa transpiração para outro que exige maior incremento, podendo ocorrer estresse hídrico (ZANADREA et al., 2005).
Durante as fases da cultura in vitro, as plantas crescem sob condições especiais, em ambientes fechados, com poucas trocas gasosas, com alta umidade do ar, baixa intensidade luminosa e utilizando açúcares do meio como fonte de carbono e energia, estando assim numa condição heterotrófica. Todas estas condições podem determinar a formação de plantas com morfologia, anatomia e fisiologia anormais, dificultando a aclimatização. Estas anormalidades geradas pela cultura in vitro são alterações na cutícula, cera epicuticular, não funcionalidade do aparato estomático e consequentemente, perda expressiva de água das células e diminuição do processo fotossintético (ROGALSKI et al., 2003).
Vários fatores influenciam o processo de aclimatização como o tipo de substrato utilizado, a qualidade das raízes formadas in vitro, o genótipo, o estresse hídrico, alteração do metabolismo heterotrófico (in vitro) para autotrófico, infecção por patógenos, estresse pela luz, além das possíveis variações de temperatura (SILVA et al., 2003). Dentre os fatores citados o substrato é um dos que apresentam maior influência na aclimatização. O substrato apresenta marcada influência no processo de enraizamento adventício e sobre a qualidade das raízes formadas, desempenhando um papel crucial na sobrevivência e desenvolvimento inicial da nova planta. Este também afeta a aeração, o escurecimento do ambiente de enraizamento, pH, umidade e resistência física, entre outros (HOFFMANN et al., 2001). Assim a escolha do substrato apropriado pode ser decisiva para a aclimatização.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes tipos de substratos na aclimatização de plantas micropropagadas de patchouli (P.cablin).

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos