Micropropagação in vitro da pupunheira (Bactris gasipaes K.)

Autores

  • Humberto Actis Zaidan
  • Dário Ahnert
  • Ádson Santos Oliveira
  • John Silva Porto
  • Manoel Aboboreira Neto
  • Fábio Zenaide Maia
  • Ricardo Araújo Ribeiral
  • Maria das Graças C.P.C. Silva
  • Cláudio M. Dessimoni Pinto
  • Moacir Smith Lima

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1626

Resumo

Com apoio do Governo do Estado, existe a perspectiva de serem plantadas, na região cacaueira do sul da Bahia, cerca de 4.000 ha de pupunheiras, para contribuir com o processo de diversificação agrícola, diminuindo os efeitos negativos da monocultura do cacau, muito prejudicada pelo ataque da vassoura-de-bruxa. Atualmente, devido à inexistência de sementes melhoradas de pupunheiras, a expansão do plantio está sendo realizada por sementes sem origem genética definida, levando a conseqüências agronômicas indesejadas, como plantas com pequeno número de perfilhos. Os plantios apresentam grande desuniformidade, sendo o agricultor e a indústria prejudicados pela insuficiente produtividade. Com a micropropagação, será possível acelerar a obtenção de cultivares melhorados, visto que, utilizando-se o processo convencional de melhoramento, o tempo mínimo é de aproximadamente sete anos, porque a pupunheira leva cinco anos para dar início à produção de sementes. Objetivando adaptar um protocolo para micropropagação de pupunheira foram montados experimentos no Laboratório de Cultura de Tecidos de Plantas da CEPLAC/CEPEC/SEFIS. Os ápices caulinares de pupunheira foram produzidos e cedidos pela empresa INACERES Agrícola, sendo oriundos de perfilhos de plantas matrizes adultas em fase de produção de palmito. Foram inicialmente reduzidos a 3,0 cm de comprimento e desinfestados com várias substâncias germicidas e bactericidas (etanol 70% por 1 minuto, hipoclorito de sódio 1 e 3%, hipoclorito de cálcio 1%, Agrimicina 0,5 g/L no meio de cultura, Agrimicina 4g/L em solução de desinfestação) todos em agitação constante por 20 min. Após a desinfestação, os ápices foram novamente reduzidos a 5 mm, em câmara de fluxo laminar e inoculados em meios de cultura MS (Murashige e Skoog, 1962), contendo 3% de sacarose, 0,7% de ágar, pH 5,7. Os meios foram acrescidos de várias substâncias antioxidantes (carvão ativado 3g/L, PVP 0,1 g/L, caseína hidrolizada 1 e 2 g/L, carvão ativado+caseína hidrolizada 3+1 g/L), com várias combinações de reguladores de crescimento (BAP 1,8 e 3,0 mg/L, BAP+ANA 0,8+2,4 mg/L , TDZ 0,2 mg/L, TDZ+BAP 0,2+1,8 mg/L). A incubação foi feita em sala de crescimento a 25°C, com fotoperíodo de 16h. Concluiu-se que os melhores tratamentos foram: a)desinfestação: imersão dos ápices em Agrimicina 4g/L por 20 min, seguida de imersão em etanol 70% por 1 min e hipoclorito de sódio 1% por 20 min, proporcionou altas taxas de descontaminação; b) antioxidantes: carvão ativado + caseína hidrolizada (3+1 g/L) proporcionou baixos índices de oxidação dos ápices; c) reguladores de crescimento: quando se utilizou a combinação de TDZ+BAP (0,2+1,8 mg/L) com posterior transferência dos ápices para o meio contendo TDZ (0,2 mg/L), houve a formação de brotações múltiplas em pelo menos um dos ápices caulinares testados.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos