Produção in vitro de Baccharis myriocephala DC: Efeitos de auxinas e citocininas.

Autores

  • Alice Sato
  • Simone da Silva
  • Claudio Barbosa Moreira
  • Sharon Santos de Lima
  • Maria Apparecida Esquibel

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1572

Palavras-chave:

Baccharis myriocephala, Asteraceae, carqueja, cultivo in vitro, reguladores de crescimento.

Resumo

Baccharis myriocephala DC., pertencente a seção Caulopterae (Asteraceae, Astereae) é um subarbusto ramificado com caule trialado (Nurnberg, 1997). Esta característica é comum entre as outras espécies desta seção e por serem morfológica e anatomicamente semelhantes, são todas conhecidas popularmente como carqueja (Gianello et al., 2000). As carquejas apresentam como característica marcante a presença de cladódios que fazem o papel de folha, uma vez que estas estão totalmente ausentes ou mostram-se reduzidas, com função fisiológica restrita para a planta (Budel et al., 2005). No Brasil, as carquejas estão entre as dez plantas mais comercializadas (Budel et al., 2004), sendo amplamente utilizadas na medicina popular no combate a problemas de estômago, diabetes, reumatismo e feridas de pele (Simões-Pires et al., 2005) Uma das técnicas mais utilizadas na cultura de tecidos vegetais é a propagação in vitro ou micropropagação. Tratase de um método rápido e eficiente para a produção em massa de plantas livres de patógenos, geneticamente uniformes e com independência da sazonalidade. A micropropagação viabiliza a produção vegetal quando há dificuldades nos mecanismos naturais de reprodução, bem como a preservação de espécies ameaçadas de extinção e a manutenção de coleções ativas ou de base de germoplasma vegetal, sendo o único recurso da cultura de tecidos vegetais que tem documentado de forma efetiva a possibilidade de se produzir espécies de interesse em larga escala [George, 1996; Honda et al., 2001; Giri et al., 2004). Além de melhoramento de linhagem, métodos de seleção de linhagens de alta produção e otimização do meio podem levar a um incremento na produção de princípios ativos (Dornenburg & Knorr, 1995; Silva et al., 2005).
Assim sendo, o desenvolvimento de um cultivo sistemático de plantas medicinais através da cultura de tecidos vegetais é fundamental tanto para promover o uso da própria planta como medicamento, como para permitir a conservação da biodiversidade química e a obtenção controlada de material para estudos biológicos e fitoquímicos, assegurando a sobrevivência e a disponibilidade do material genético para pesquisas científicas.
Devido à importância desta planta para múltiplos propósitos, justifica-se a aplicação de metodologia que forneça grande número de plantas de B. myriocephala clonadas, visando selecionar linhagens de alta qualidade para plantio extensivo e extração de fitofármacos.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos